Perdida na História

Perdida na História

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O túmulo

Parece algo retirado de um livro de ficção, mas um investigador florentino afirma mesmo ter descoberto o túmulo de... Mona Lisa.



De nome verdadeiro Lisa Gherardini, Gioconda terá nascido em Maio de 1479 e foi a segunda mulher de um abastado negociante de seda, Francesco del Giocondo, do qual terá tido cinco filhos. De acordo com vários investigadores, terá sido ela quem inspirou Leonardo da Vinci para o célebre quadro. A Mona Lisa (Mona, ou Monna, é a contracção de Madonna) terá morrido com 63 anos no Convento de Santa Úrsula, para onde se terá retirado e ficado nos últimos anos de vida. Situado não muito longe da Basílica de S. Lourenço, o convento está hoje ao abandono.
O investigador,  Giuseppe Pallanti, afirma ter encontrado, ao explorar os arquivos de uma igreja do centro histórico da cidade, uma certidão de óbito referindo "a esposa de Francesco del Giocondo, morta a 15 de Julho de 1542 e enterrada em Santa Úrsula", "Foi neste convento que a Mona Lisa pôs a sua última filha, Marietta, que se tornou depois religiosa”. E foi lá que ela, conforme previsto no testamento do marido, falecido quatro anos antes dela, acabou os seus dias, afirmou Giuseppe Pallanti ao diário La Repubblica.
São já muitos os anos que Pallanti dedica ao estudo de Gioconda. A identidade da Mona Lisa é uma questão que suscita um debate vivo, já que muitos académicos negam que Lisa Gherardini tenha sido o modelo que inspirou Leonardo da Vinci.
 Já depois das últimas declarações de Pallanti, o professor Carlo Pedretti, outro especialista em Da Vinci, lançou a ideia de exumar os presumíveis restos mortais da Mona Lisa para os submeter a uma análise de ADN. "Graças às técnicas actuais, os cientistas poderiam determinar o seu aspecto físico, talvez mesmo o seu rosto, e fornecer assim um contributo importante" para identificar o modelo do quadro, defendeu Pedretti.
Se por um lado adorava participar numa "expedição" como esta, podendo finalmente aliar a minha paixão pela História à Forense, por outro lado, nao me convenço muito desta finalidade em estudar o DNA de Gioconda (e quem prova que será mesmo ela?).  Em primeiro lugar, talvez o nome não fosse invulgar, mesmo o apelido, poderiam haver muitas mulheres com esse nome; em segundo lugar, não sei até que ponto o estudo do DNA poderia levar tão longe: não deve ter estado em perfeita preservação, terá séculos de degradação sem qualquer "protecção".

Seria muitissimo interessante, sim, mas não creio que se chegasse a uma certeza ou conclusão total.

Curiosamente, tanto a História como a Ciência são dois campos onde a palavra "certeza" nunca tem lugar.

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