Perdida na História

Perdida na História

sexta-feira, 22 de julho de 2011

As testemunhas

      

                 Li, recentemente, uma notícia interessante, onde se investigaram partes de árvores (nomeadamente os seus anéis de crescimento) e “nove mil artefactos de madeira dos últimos 2,5 mil anos”, tendo-se conseguido perceber que os grandes acontecimentos da História terão ficado, ali, perpetuamente gravados.

A equipa tentou perceber de que forma o clima terá afectado os anéis de crescimento de árvores vivas durante os últimos séculos, tendo apurado que, “durante as boas épocas de crescimento, quando a água e os nutrientes abundam, as árvores formam grandes anéis com bastante espaço entre eles. Por outro lado, em condições adversas, como em alturas de seca, os anéis crescem com uma formação mais apertada”.


“Verões quentes e húmidos coincidiram com os períodos de prosperidade medieval e no Império Romano.



O aumento da instabilidade climática entre os anos 250 e 600 a.C. coincidiram com o desaparecimento do Império Romano e com o período das migrações, afirmam os autores do estudo.







Distintos períodos de seca durante o terceiro século aconteceram paralelamente com um período de profunda crise do Império Romano a ocidente, marcado por uma invasão dos bárbaros, agitação política e perturbações económicas em várias províncias da Gália”,acrescentaram ainda.

É importante ter esta noção dos acontecimentos. Em lado algum está escrito que os sucessos ou fracassos ao longo da História dependeram apenas e só do Homem. Como se verifica neste estudo,  muitos períodos de desastre estariam interligados com épocas climáticas desfavoráveis, provavelmente com falta de água e/ou alimentos. Aliás, a maioria das pessoas, provavelmente, nunca terão ouvido falar da Pequena Idade do Gelo, que  fustigou severamente grande parte do hemisfério Norte durante Era Moderna (alguns investigadores apontam para o começo do Gelo ainda no século XVI).


Porém, foi no desespero de viver em tal época que muitos países, como Inglaterra e a Holanda se viram obrigados a desenvolver, por exemplo, inovadoras técnicas de cultivo, novos mecanismos, assim como a introdução de novos alimentos.

Curioso mesmo é o alimento apontado como o "salvador" da grande fome: a batata


Fontes :
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=46943&op=all


Sem comentários:

Enviar um comentário