Perdida na História

Perdida na História

quinta-feira, 22 de março de 2012

Um galo justo!

Conhecido em Portugal, é muitas vezes levado como lembrança para países estrangeiros como símbolo da Nação Lusitana. Assim é mesmo o famosissimo Galo de Barcelos. O que por vezes não se conta é que a sua fama se deve à absolvição de um... galego!




Um criminoso?

      Conta a lenda que os habitantes de Barcelos não conseguiam descansar com o facto de ter ocorrido um crime cujo autor ninguém conseguia descobrir, parecia ter-se desvanecido no ar. num certo dia, aparece um indivíduo galego que se torna suspeito por trazer consigo um grande e assombroso farnel. 
      Segundo a lenda, o estalajadeiro do local onde o homem havia ficado, um homem pouco honesto, decide entregar o galego à guarda local, como o responsável pelo misterioso crime que assombrava Barcelos. Quanto ao galego, pedia clemência e que o ajudassem, visto ser apenas um peregrino a caminho de Santiago de Compostela. Apesar de tudo parecer verídico (e não haver qualquer motivo que indicasse o contrário) a justiça prende-o (já nessa altura a justiça não funcionava muito bem...).

O galo assado

      Após ser condenado à morte por enforcamento, o galego implora que o levem à presença do juíz que o terá condenado. Trantando-se de um estrangeiro, é-lhe concedido esse último desejo. Já na presença do magistrado, que nesse momento estaria num faustoso banquete com amigos, o galego volta a afirmar a sua inocência. Perante a indiferença dos presentes, o galego repara num galo assado, ricamente adornado sobre a grandiosa mesa. Apontando para o galo, exclama o galego:

    
"É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem."


      Após um momento de incredulidade e descrença, o prisioneiro é novamente conduzido à cela. Contudo, curiosos acerca do sucedido, durante o banquete ninguém toca no galo, tendo sido colocado à parte.
      No dia em que se iria cumprir a sentença, estava o peregrino prestes a ser enforcado quando o galo se ergue da mesa e canta. Horrorizado, o juiz envia de imediato a ordem de absolvição para o inocente peregrino. O homem foi solto. 

      Conta ainda a lenda que, anos mais tarde, o peregrino regressa a Barcelos por forma a esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galo, em homenagem á Virgem Maria e a São Tiago, monumento esse que actualmente se encontra no Museu Arqueológico de Barcelos.





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