O Egipto atravessou períodos muito trágicos, principalmente devido à fome. Desta forma, a primeira greve registada de toda a História da Humanidade aconteceu num destes períodos, no reinado de Ramsés III, no ano 29 de 1180 a.C.
Os salários começaram a ser escassos, pelo que os trabalhadores, então a trabalhar na construção de monumentos faraónicos, pararam de trabalhar e dirigiram-se ao palácio do vizir (semelhante a um primeiro ministro).
Curioso referir que não há relatos da existência de “moeda” no Antigo Egipto. Efectivamente, os operários eram pagos com ferramentas, comida e cosméticos. Descobertas recentes provaram que a maquilhagem não era um elemento de beleza nos trabalhadores: era essencial para protegê-los do sol. Óleos feitos a partir da gordura de patos e gansos eram usados como protector solar, assim como cremes permitiam a fazer a pintura preta ao redor dos olhos, capaz de diminuir a incidência de luz do sol.
Quanto à greve, os trabalhadores foram convencidos a voltar para suas casas, tendo-lhes sido prometido que o pagamento seria feito – o que não aconteceu. Os trabalhadores tiveram de protestar e insurgir-se mais algumas vezes até conseguir que o pagamento fosse efectuado, incluindo os elementos necessários para criar a maquilhagem.
É de referir que estes problemas, que não se iniciaram no reinado de Ramsés III, deram fim ao poder da Vigésima Dinastia. Contudo, isto não impediu que, sob seu governo, o Egipto voltasse a alcançar o seu vigor e poder. Por exemplo, o Faraó preservou o domínio do Sinai e do Sul da Palestina.
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