Perdida na História

Perdida na História

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Fogo Grego

Mísseis, aviões, tanques de guerra, bombas atómicas, projécteis... Tudo isto faz parte do vocabulário bélico da actualidade. Já na Antiguidade, havia também formas extremamente eficazes de aniquilar o inimigo, com a desvantagem de não de se conseguir ultrapassar com eficácia o detalhe da distância. Contudo, uma misteriosa arma já conhecida pelos Romanos e utilizada pelos Bizantinos parecia ser muito eficaz a longo alcance. Contudo, este povo terá levado consigo o segredo do Fogo Grego.


      Em tempo de Guerra, era comum lançar das ameias e muralhas grandes quantidades de óleo ou azeite em ebulição contra o inimigo que, teimosamente, escalava o castelo ou muralha. Porém, o fogo grego era particularmente diferente.

      Algumas vezes mencionado em fontes Romanas, o fogo grego teve o seu ponto alto de utilização pelos Bizantinos. Após esse povo, o fogo grego extingue-se por completo das referências históricas, tornando-se num verdadeiro mito.

“Fire foi o "termo grego" atribuído à mistura até que o tempo das Cruzadas Europeias chegasse. Alguns dos nomes originais eram conhecidos e incluíam: "fogo líquido", “fogo da marinha", "fogo artificial" e "fogo romano". O último foi usado devido ao facto  dos muçulmanos (contra quem a arma era mais usada) acreditarem que os bizantinos eram romanos e não gregos. Os próprios bizantinos usavam o Fogo Grego raramente, presumivelmente por causa do medo que tinham da fórmula secreta da mistura cair em mãos inimigas".


Composição

      Historicamente, são várias as especulações acerca da sua composição. Os bizantinos encobriram ou destruíram a fórmula, para evitar que caísse nas mãos dos seus adversários.
      Pensa-se que esta poderosíssima arma fosse composta por uma complexa mistura à base de petróleo e outros componentes, como cal viva (óxido de cálcio), nafta, enxofre e salitre (nitrato de potássio)e, possivelmente, outros componentes. Era inflamável, não se misturando com a água e gerava uma chama difícil de apagar. O Fogo Grego foi muito empregado na Ásia. Supõe-se que outra substância incendiária, que talvez pudesse ter sido utilizada como "ingrediente secreto", pode ter sido o magnésio que queima debaixo da água, sendo um dos principais constituintes das bombas incendiárias da actualidade.

      Os bizantinos, do império, combatiam lançando o líquido inflamado sobre os navios inimigos, usando pressão. Alguma coisa semelhante a um lança-chamas. Os turcos tiveram muita dificuldade em tomar Constantinopla em face do uso do fogo grego, mas na sétima tentativa a cidade caiu. Os turcos venceram em Constantinopla porque eram mais evoluídos tecnologicamente: usaram uma arma mais poderosa do que o fogo grego: a pólvora. (…)”.

Mitologia: Prometeu

      Conta a lenda que Prometeu, um dos Titãs, devolveu o fogo aos humanos que dele tinham sido privados por Zeus. Este havia castiga Prometeu por ter beneficiado os humanos na repartição dos lotes de um sacrifício, prendendo-o a um mastro para ser torturado por uma águia, que durante o dia lhe devorava o fígado, mas este regenerava-se durante a noite.


      Mais tarde é o herói Hércules quem liberta Prometeu, matando a águia. Desta forma, terá sido Prometeu a ensinar os homens a usar o fogo, sendo desta forma que os Gregos explicam o aparecimento do fogo na terra.


“Durante a Idade Média tornou-se célebre uma substância de misteriosa composição, conhecida como fogo grego”. O fogo grego era expelido por um sifão, sendo muito utilizado em batalhas navais pelos bizantinos, antepassados dos gregos modernos.

     “Os testemunhos da época descreveram-no como um prodígio, uma vez que os incêndios que provocava não podiam ser apagados com água, que, pelo contrário, se limitava a difundir as chamas e a fazê-las crescer.”

      Dada a sua natureza, compreende-se agora o porquê do fogo grego só poder ser apagado recorrendo a substâncias pouco ortodoxas: areia, vinagre e urina. Apagá-lo com água seria o mesmo que tentar apagar com água um fogo com origem em óleo a ferver.
      Acredita-se que tenha sido inventado em 673 por um refugiado arquitecto sírio, chamado Kallinikos de Heliópolis Alguma coisa terá mudado desde os tempos remotos de Kallinikos, pois esta arma não foi mais utilizada. Se por um lado se sabe que os Romanos tentaram incessantemente aplicar esta arma, sabe-se que não o conseguiram reproduzir, provavelmente porque no territótio Romano não havia um dos elementos essenciais: a naphtha (ou nafta), um derivado do petróleo.

      Porém, historiadores actuais, como James Partington, acreditam que o Fogo Grego tenha sido inventado pelos químicos de Constantinopla, que tinham herdado as descobertas da escola química da Alexandria. A tecnologia permitiu planear um mecanismo, usando uma bomba que descarregava jactos de líquido em chamas (atirador de chamas).
      A receita para esta arma foi tão bem guardada que, após 50 anos da sua invenção, a informação foi perdida até mesmo pelos seus inventores. Enquanto as armas incendiárias tinham sido usadas durante séculos (petróleo e enxofre, ambos tinham sido usados, inclusive nas Cruzadas), o Fogo Grego era muito, muito mais potente. Muito semelhante a uma Bomba do mundo moderno.
      Em combate, as forças bizantinas bombeavam a mistura de um amplo reservatório, através de estreitos tubos de latão. Tais tubos concentravam o líquido pressurizado num poderoso jorro. Depois, os soldados acendiam um pavio na saída do tubo de latão para inflamar o jorro de fluido quando esguichava. O jorro do fluido levava o fogo a dezenas de metros pelo ar.

      Lê-se que os bizantinos montavam tais armas ao longo das muralhas de Constantinopla, bem como na proa da maioria dos seus navios. Como a substância inflamável era à base de óleo, continuava a queimar mesmo quando entrava em contato com a água, tornando-a uma arma particularmente eficiente nas batalhas navais.

      Alguns historiadores ingleses dizem que a Armada Invencível de Felipe II sucumbiu perante Francis Drake, que alegadamente terá criado uma fileira de barris de fogo grego incendiados na Batalha do Canal da Mancha. No entanto, tais afirmações não serão bem verdade, já que esta armada terá sido mais destruída pelas tempestades,  do que propriamente na batalha, além de se tratar de uma época na qual o uso da pólvora fazia que possuíssem armas também elas muito destrutivas.

A eficácia do Fogo Grego era incontestável; entretanto, dependia das circunstâncias em que era utilizado. Por exemplo, era menos eficaz no mar aberto do que em passagens estreitas do mar. O Fogo Grego não podia ser considerado uma invenção que resolvesse todos os problemas marítimos do império Bizantino. A guerra naval continuou a ser baseada na arte tradicional da estratégia marítima, a que o Fogo Grego adicionou uma arma eficaz para os Bizantinos.”


Fontes:
O Fogo Grego. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2012-02-22].
Nelson Lage da Costa - A POLÊMICA - O FOGO GREGO: Uma Especulação Sobre a Alquimia dos Componentes Usados na Preparação da Arma Bizantina

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O Homem que recusou a saudação Nazi

Apesar de se estar a tornar numa verdadeira "notícia" na actualidade, o sucedido ocorreu em 1936 e revela um homem de, no mínimo, muita coragem.


      August Landmesser seria apenas um trabalhador dos estaleiros de Hamburgo, mas viria a ter o seu lugar na História pela sua coragem. Pertenceu ao partido dirigido por Hitler entre 1931 e 1935, contudo, o seu casamento com Irma Eckler, judia, levou a que fosse de imediato expulso do partido, tendo em conta que "profanado" e "desonrado" a raça ariana. 
      Tal como seria de esperar, a situação não fica apenas pela sua mera expulsão: Landmesser é preso, e as filhas nascidas durante o casamento são separadas (Ingrid fica ao cuidado da avó materna e Irene é enviada para um orfanato). Quanto à esposa, é detida e posteriormente é simplesmente eliminada pela Gestapo.

      À semelhança com o ocorrido com outras pessoas, Landmesser sai da prisão e é de imediato enviado para o palco da Grande Guerra. Desaparecido em combate, é mais tarde dado como presumivelmente morto.

O Homem que recusou usar a saudação nazi

      A história poderia até parecer vulgar nos tempos da Grande Guerra, não fosse o caso deste simples trabalhador se ter recusado a fazer a saudação nazi, num baptismo de mar de um navio-escola da Marinha alemã. O insólito ficou registado para a posteridade na fotografia:




      Apesar deste momento heróico, a história trágica desta família foi divulgada nos anos 90, quando a fotografia juntamente com um livro escrito por Irene é difundido: “Irene Eckler: Uma Família Separada pela Vergonha Racial”.        Apesar dos anos passados, só actualmente está a ganhar importância e a dar a volta ao Mundo, graças às redes sociais.


      Quanto à família, as duas irmãs acabaram por se reunir bastantes anos depois do falecimento dos pais. Quanto a Irene, terá visitado Hamburgo para falar com familiares da mãe que tivessem sobrevivido ao Holocausto, com a finalidade de reunir todas as informações possíveis acerca do seu passado nos tribunais locais. Desta pesquisa nasceu o livro que poderá eternizar August Landmesser, o homem que recusou a saudação nazi.  



Fontes:

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Terra das Serpentes

A Península Ibérica é, há muitos séculos, palco de ocupação de diversos povos. No que diz respeito a Portugal, ao contrário do que se poderia pensar, é também uma terra presente na Mitologia grega. O que seria, então, Ophiussa?

Uma terra longínqua

      Apesar da grande distância que separa a Grégia do território português, na Antiguidade Clássica o povo grego atribuía ao território português a designação de Ophiussa, ou seja, Terra das Serpentes. Segundo algumas fontes, os ofís (na altura, o povo que vivia no actual território português) estavam estabelecidos na região norte do território, podendo-se estender até à parte da Galiza. Outros estudiosos apontam a Foz do rio Douro e a Foz do rio Tejo como as terras ocupadas por estes indivíduos.

      Algumas investigações arqueológicas vieram demonstrar a existência de alguns objectos muito antigos onde estariam presentes alguns desenhos alusivos a serpentes.

      Efectivamente, o timbre de muitos Reis Portugueses apresentava um dragão, por veze com semelhanças de um grifo, teria sido inspirado em imagens e mitos muito antigos referentes a uma Serpente alada, a "Serpente Real". Mais tarde, este símbolo terá sido também utilizados pelos Imperadores do Brasil.



      Quanto ao culto da Serpente Real, pensa-se que terá sido um legado de povos celtas que terão estado presentes na Europa que, possivelmente, estariam muito ligados ao culto "Ofi". Curioso mesmo é uma tradição egipcia que refere que "as serpentes egipcias de Carnac e Luxor teriam emigrado para a Europa".



      Portugal terá aparecido como nome entre 930 e 950 da Era Cristã, tendo sido mais difundido a partir do século X.  Fernando I de Leão e Castela, o Magno, denomina oficialmente o território de Portugal, quando em 1067 o oferta ao filho D. Garcia. Contudo, já no século V, durante o reinado dos Suevos, Idácio de Chaves já escrevia sobre um local chamado Portucale.

      Cale, actualmente Vila Nova de Gaia, seria já designada por Portucale no tempo dos godos, havendo num diploma de 841 uma primeira menção à província portugalense.

      Por outro lado, outras fontes afirmam que Portugal terá tido origem em Portogatelo, nome dado por um chefe Grego chamado Catelo, após o seu desembarque e estabelecimento junto do actual Porto.

      A primeira vez que o nome de Portugal aparece como elemento de raiz heráldica, é numa carta de doação da Igreja de São Bartolomeu de Campelo por D. Afonso Henriques em 1129

O Símbolo de Ophiussa

      Se por um lado a ligação da Serpente ao culto Cristão está muito ligado ao pecado atribuído a Eva e ao próprio Satanás, por outro lado a serpente é também vista como símbolo da vontade de Deus, personificado em Moisés, assim como Sabedoria e Cura, daí ser o símbolo da medicina, visto a capacidade de trocar de pele estar associada à cura e rejuvenescimento

Outras designações

      Ao longo dos séculos Ophiussa não terá sido a única designação atribuída ao território nacional. Aqui ficam alguns exemplos:

      Lusitania, nação Galaico-Portuguesa, Portucale, Portugalliae, Lusitaniae,Regno Portugalensium, Portugalis; Portugalliae et Algarbiae; Purtugall, Burtughāl (termo árabe); Ocidental Praia Lusitana ou Pátria Lusitana (Os Lusíadas); Luxitania e Portugraal (Port of Grail) são designações atribuídas a Portugal na vertente Esotérica e na Literatura Metafísica.

Fontes:

sábado, 21 de janeiro de 2012

Um nome perdido na História

Vila situada na fronteira Portuguesa com Espanha, a sua origem "perde-se nas brumas dos tempos estando a sua fundação e toponímia encobertas pela nebelina que sempre envolvem as lendas." Efectivamente, permanece um mistério o nome atribuído à Vila: Freixo de Espada à Cinta.




      Palco de inúmeros acontecimentos importantes na História de Portugal, como a guerra de D.Afonso II contra as irmãs, apoiadas por Afonso IX de Leão ou ainda a designada "Guerra da Fronteira" (1580 -1640), não se sabe quem ou porquê foi esta designação atribuída ao local. De facto, poder-se-á deduzir que quererá dizer "uma espada à cinta de um freixo".

      No que diz respeito a "Freixo", tudo indica que deriva de Fraxinus excelsior, uma árvore da família das Oleáceas, quanto à espada e à cinta, bem, aqui entra-se num vasto e longo caminho de lendas. 



     Uma das lendas remonta ao tempo dos Godos, povo que esteve na Península Ibérica no século V, onde um valoroso nobre, denominado "Espadacinta", após mais uma batalha contra os árabes, terá chegado a este local. Descansando da batalha à sombra de um freixo, conta a lenda que Espadacinta terá pendurado a sua espada no grande freixo. Dado a sua bravura no campo de batalha,  terá sido esta a origem para a denominação da povoação que se estaria ali a formar: Freixo de Espadacinta.



     Uma outra explicação remete igualmente para a fundação da vila, desta feita por um fidalgo de apelido “Feijão”, falecido em 977, primo de S. Rosendo. Este fidalgo teria por armas no seu brasão um freixo com uma espada cintada, daí que a vila terá adoptado esta designação, em sua homenagem.


     Numa outra versão, já numa época mais tardia, conta o povo que El Rei D. Dinis, estando já desgastado das guerras e batalhas que mantinha com o seu filho [bastardo], Afonso Sanches, estava ele de passagem por esta terra e, à semelhança do que ocorre na primeira lenda, deita-se a descansar à sombra de um freixo, tendo ali cravado o seu cinturão com a majestosa espada. Em sonho, terá visto o espírito da vigorosa árvore a traçar-lhe as directrizes correctas para o futuro próspero do Reino de Portugal. Acordado do sonho, o monarco terá decretado que a formosa vila tomasse a designação de
 Freixo de Espada à Cinta.



      Não é, pois, de admirar que em todo o vasto conjunto de lendas à volta do nome desta Vila haja uma relativa a um cavaleiro enigmático e anónimo: em tempos remotos e sem época, um cavaleiro perseguido uma verdadeira legião de inimigos, já sem forças que o sustentasse, terá amarrado a sua espada ao tronco de um freixo. Aos vilões, a árvore assim armada, terá parecido um gigante formidável, um verdadeiro "Adamastor". Daí o nome da vila: Freixo de Espada à Cinta.




Fontes:
http://www.cm-freixoespadacinta.pt//index.php?option=com_content&task=view&id=13&Itemid=70
http://www.g-sat.net/lendas-e-tradicoes-1073/lendas-de-freixo-de-espada-a-cinta-203621.html
http://www.lifecooler.com/edicoes/lifecooler/localidades.asp?funcao=Pesquisar1&distritos=4&concelhos=4_4

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Um Clube e o desenvolvimento de uma Doença

Nascido já em pleno século XX, este clube encerra em si tudo aquilo que a Humanidade considera como correcto e honrado. São seus membros economistas, industriais, banqueiros, chefes-de-estado, líderes políticos e cientistas de diferentes nacionalidades com o intuito de analisar a situação mundial e apresentar previsões e soluções para o futuro. Visto deste prisma, o Clube de Roma deveria ser algo absolutamente venerável e honrado. Mas pode não ser.


A fundação

     Estávamos no ano de 1968 quando o industrial italiano Aurelio Peccei funda o Clube de Roma, "um tanque de pensamento global sedeado em Hamburgo" ou "uma cabala de elite composta por globalistas, defensores de um único governo mundial, que tentam dominar a política e conomia internacionais, através dos seus profundos laços com a elite governante, Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional".

      Acedendo ao site do referido clube (www.clubofrome.org), é indicado como objectivos do Clube...

... (...) to identify the most crucial problems which will determine the future of humanity through integrated and forward-looking analysis;
identificar os problemas mais cruciais que determinarão o futuro da humanidade através de uma análise integrada e com visão no futuro.

...to evaluate alternative scenarios for the future and to assess risks, choices and opportunities;
avaliar cenários alternativos para o futuro e estimar riscos, escolhas e oportunidades;

to develop and propose practical solutions to the challenges identified;
desenvolver e propor soluções práticas para os desafios identificados;



     Entre outras informações, o site revela uma verdadeira preocupação perante os mais variados problemas que a Humanidade enfrenta, assim como, é também disponibilizada uma vasta lista dos membros, quer "full members", quer membros honorários como o Dr Mário Soares (http://www.clubofrome.org/cms/Index.php?cat=52&paged=2), quer membros associados, entre outros.
      Contudo, Michael Bradley no seu livro "O Manual das Sociedades Secretas" levanta uma questão pertinente: não é divulgada nessa extensa lista os nomes das individualidades mais importantes que fazem parte deste clube. Porquê?

O documento

      O Clube de Roma torna-se efectivamente conhecido à escala global no ano 1972 através da publicação: "Os Limites do Crescimento". Neste aparentemente inocente documento, fazem-se advertências para o facto de "os recursos do Planeta são finitos", dando-se ênfase às "consequências negativas do rápido crescimento da população mundial".  Este documento foi publicado sob a forma de livro, tornando-se imediatamente um best-seller: traduzido em mais de 30 línguas, o livro vende mais de quatro milhões de cópias.




Assassinar milhões, propagar a SIDA

      Se já Malthus no século XVIII descrevia os problemas óbvios dos crescimentos populacionais, este documento do Clube de Roma era sem dúvida uma verdade indiscutível.




      O problema surge com aquilo que terá sido feito com esta informação, com os procedimentos que, segundo Bradley descreve no seu livro, "despoletaram o debate entre teóricos da conspiração". Segundo diversos individuos, o Clube de Roma terá sido absolutamente fundamental para o " maior genocídio conhecido no mundo (...): a propagação do vírus da SIDA."

      Segundo estes teóricos, o vírus da SIDA não será algo totalmente natural, ou seja, terá tido manipulação humana, supostamente desenvolvido com "instruções precisas vindas de elementos do Clube de Roma à elite governante (CIA e o Grupo Bilderberger)", com o intuito de se conseguir controlar a população em franco crescimento.

      Chocados? Bradley vai mais além no seu livro, revelando que " este alegado plano tem como alvo elementos indesejáveis da sociedade, para extermínio, tais como comunidades de negros, hispânicos e homossexuais".

MK-NAOMI

      Segundo William Cooper, "morto pelas autoridades em 2001", "o nome do projecto que desenvolveu a SIDA é MK-NAOMI. O continente africano foi infectado através da vacina da varíola em 1977. A população dos EUA foi infectada em 1978 com a vacina da hepatite B, através dos centros de Controlo de Doenças e do Banco de Sangue de Nova Iorque". 

O controlo

     A preocupação em tentar controlar o crescimento demográfico não é nova nos EUA. Em 1948, George McKennan, do Departamento de Estado (EUA) emitiu o Foreign Policy Statement (FPS-21), dando relevo à grande necessidade dos EUA "criarem uma estratégia" para conseguirem lidar com "populações numerosas". Assim, a 16 de Março de 1970, Richard Nixon assina a lei PL91-23, autorizando a "estabilização da população Africana Subsariana, nomeando John Rockefeller III para lidar e supervisionar o "problema"".   




Outras pesquisas

      Segundo consta, o MK-NAOMI não foi o primeiro programa da CIA desenvolvido para produzir e testar drogas e agentes biológicos.



     De facto, já em 1953, o MK-ULTRA consistiu num programa onde se terão alegadamente desenvolvido agentes nervosos para controlo psicológico e modificação comportamental. Seguiram-se os MK-SEARCH e o MK-OFTEN.

      Anos mais tarde, 1966, o Dr MacMahan do Departamento de Defesa pede ao Congresso dez milhões de dólares para desenvolver "entre 5 a 10 anos, um agente biológico sintético para o qual nao existisse imunidade natural". Tal é aprovado em 1970, através da lei H.R 15090. Surge o MK-NAOMI.

      Bradley cita no seu livro que "uma prova vital citada por aqueles que defendem que a SIDA foi uma criação humana é uma tabela de flutuações da SIDA de 1971 (pág.61 do Relatório do Progresso #8)que se pensa ter coordenado mais de 20 000 pesquisas."

      A par de outras sórdidas descrições, o autor relata ainda que "nos anos 30 (século XX) tanto soldados americanos, como civis hospitalizados foram usados, contra vontade, como cobaias em várias experiências de exposição a radiação. Também nessa altura, o estudo de Sífilis de Tuskegee começou a acompanhar 200 homens negros diagnosticados com sifilis, que nunca foram informados do seu estado, para que os efeitos a longo prazo da doença pudessem ser observados. (...) Até mesmo recentemente, na Guerra do Golfo, foi administrado aos soldados americanos um cocktail de drogas experimentais que acabaram por deixar milhares a sofrer do Síndrome da Guerra do Golfo."   




      O presidente Clinton, em 1995, admitiu que os testes aconteceram. Admitiu que os EUA estavam dispostos a pagar indeminizações.

      Se os ideais deste Clube foram aproveitados e distorcidos, se quem dirigiu estes projectos nem sequer pertencia ao Clube, não existe certeza. Eu não sei.

      Os ideiais manifestados no site oficial são, efectivamente, muito úteis e francamente bons para o Homem. No entanto, o que pensar quando se investiga e se procura acerca de MK-NAOMI? E de tantos outros projectos assassinos que nunca foram desmentidos?

      A SIDA não é uma doença específica do Ser Humano, ou melhor, existe um síndrome análogo noutros primatas, sendo essa uma das versões apontadas para o contágio aos seres humanos: contacto com o vírus dos outros primatas. Por outro lado, também os felinos (desde o gato doméstico ao leão) podem padecer desta imunodeficiência, sendo muitas vezes mortal.




      A dúvida que parece ter sido levantada não questiona a existência destas outras imunodeficiências. Apenas incide sobre a probabilidade de ter sido em experiências humanas que se tenha transformado o vírus presente nos outros primatas de forma a infectar o Ser Humano. Para controlar o seu crescimento. Para controlar.

    Por outro lado, toda esta "teoria da conspiração" poderá ajudar a levantar um pouco o véu para as recentes pandemias, desde a Gripe A, Gripe das Aves, entre outras onde tudo nos é apresentado de forma tão radical, tão ó-b-v-i-a e, curiosamente, certas empresas, certos laboratórios aumentam exponencialmente os seus lucros.



      Se eu fosse cética, poderia até vir a acreditar que muitos desses vírus poderão ser resultado de maipulação molecular e/ou genómica por forma a desenvolver certo tipo de doenças, altamente contagiosas, mas controláveis (ao contrário da SIDA), principalmente em alturas de crise económica. Se eu até fosse cética, quase poderia pensar que certos laboratórios e certas elites sociais nos controlaram no passado e nos vão sempre controlar pelo lado mais sombrio: a saúde.




Fontes:
Bradley M (2005) O Manual das Sociedades Secretas, Company SA

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O incêndio

Decorria o ano de 64 dC quando um incêndio violento e de proporções catastróficas deflagra em Roma, varrendo descontroladamente a cidade, durante uma semana. O impacto do acontecimento é tal que se começam a ouvir sussurros: o imperador é o incendiário.

      A metrópole romana é barbaramente dizimada. Se a grande aplitude do desastre vem a justificar a notoriedade deste sinistro, a sua fama até aos dias de hoje prende-se sobretudo com dois acontecimentos: aquele que é apontado como culpado -um imperador e aqueles que efectivamente "cumprem a pena"- os seguidores de uma pequena seita religiosa: cristãos.

Um inferno na Terra

      Na noite de 18 para 19 de Julho os armazéns situados perto do Circo Máximo começam a arder, inexplicavelmente. Atiçadas por um vento também ele violento, as chamas sobem na direcção do Palatino, descendo depois até aos bairros do Quirinal, Vimial e Esquilino.
      Acordados no meio do inferno, os habitantes enlouquecidos, ter-se-ão espalhado pela cidade numa confusão indescritível, tentando desenfreadamente salvar a vida, familiares, haveres.



      Desengane-se quem pense que já na altura não existiam "bombeiros". Os vigias, soldados encarregados da prevenção e extinção de incêndios, são totalmente incapazes de controlar o sinistro incêndio que teima em não diminuir, tanto pela inebriante escuridão da noite como pela insana multidão que impede os vigias de trabalhar.

Fénix

      Durante 7 noites, durante 6 dias, o incêndio simplesmente não diminui de intensidade. Sempre que as autoridades o dão por extinto, renasce qual Fénix noutro quarteirão com igual fúria e ferocidade.
      Ao nono dia, extingue-se finalmente aquele que poderá ter sido um dos maiores incêndios da Antiguidade. As pessoas vêem finalmente o que as rodeia: apenas e só cinzas e ruínas. Roma, tal como a conheciam antes, não existe. Efectivamente, das catorze regiões de Roma, apenas quatro não registaram a passagem do inferno. As outras dez, foram totalmente ou parcialmente destruídas.

     


      Não existe conhecimento acerca do número de vítimas mortais ou feridas. Quanto aos desalojados, fontes da época apontam para "Duzentos mil romanos sem tecto, sem abrigo".



Destruição

      Os bairros arrendados onde moravam centenas de famílias foram os mais afectados. Mas não só. Monumentos e Templos venerados pelos romanos eram agora escombros. Todas as obras de arte trazidas da Grécia e do Oriente deixaram de existir, assim como centenas de manuscritos e obras também se perderam com o incêndio das bibliotecas públicas.



Culpado?

      Se no início parece algo casual, com o avançar dos dias, com o avançar dos reacendimentos, a população deixa de acreditar na Natureza como responsável pela tragédia. Querem respostas e, acima de tudo, querem um culpado. Depoimentos daquela altura relatam terem visto homens a lançar tochas acesas para dentro de casas. Não demora muito até o povo apontar Nero, o imperador como o responsável por toda aquela insanidade.




Motivo?

      Nero nunca escondera o seu desejo de construir, de raiz, uma nova Roma. Nova. Resplandecente. Uma Roma à sua altura. Desta forma, diversos indivíduos acusam-no de ter lançado chamas à sua própria capital, por forma a ver-se livre dos velhos e decrépitos bairros; mais sinistro é uma outra versão avançada por políticos próximos do próprio Imperador: Nero teria feito tal com o intuito de arranjar inspiração para a sua nova epopeia "A Tomada de Tróia!" .




      Se por um lado Nero era absolutamente lunático e perturbado, era também verdade que tinha bastantes inimigos. Quem sabe se não teria sido um deles a lançar o inferno sobre a sua capital, por forma a acusá-lo? Os boatos eram cada vez mais fortes no Império que nunca se coibiu de assassinar um Imperador e nomear outro. Nero necessitou, então, de estabelecer um culpado credível.
     
      A população desta antiga Roma é igual a qualquer população da actualidade: com a acusação oficial contra uma pequena seita religiosa, os cristãos, a vindicta popular apazigua-se rapidamente. De facto, os rituais misteriosos desta seita estranha podem muito bem ter irado os verdadeiros deuses titulares de Roma.  

Eficácia e Loucura

      Cerca de duzentos individuos pertencentes ao cristianismo são presos e executados. Tudo poderia ter terminado por aqui se estivesse a escrever sobre um soberano de mente sã. Efectivamente, esta acção torna-se num martírio colectivo visto que, transformados em tochas humanas, os condenados servem para iluminar as festas oferecidas por Nero ao povo.

Seria mesmo culpado?

      Na actualidade não existe qualquer prova acerca da culpabilidade de Nero. Os factos são que o incêndio teve início nos armazéns de trigo e azeite, assim como ficou claramente registado o grande auxílio de um vento extraordinariamente forte. A juntar a estes dois factos, fica também a evidência daquilo que era já recorrente nos Verões romanos: reduzidas reservas de água.
      Aquilo que suscita dúvida serão mesmo os reacendimentos constantes. Se alguém se terá aproveitado da situação, não existem provas.

      Quanto a Nero, este estava em Anzio aquando do começo do fogo (teria mandado outra pessoa colocar fogo nos armazéns?), assim como o incêndio também afectou a sua luxuosa habitação: a Domus Transitória,também ardia e com ela as suas valiosas colecções de arte e joias. Sendo assim, como surge a ideia da culpa de Nero? Os relatos de Tácito (historiador, orador e político romano) afirmam que "havia rumores de que Nero ficou cantando e tocando lira enquanto a cidade queimava".  Mais tarde, escrevem-se versões absolutamente diferentes: o imperador andou juntamente com os vigias a tentar acalmar o fogo. Qual a versão verdadeira?


Nero, filme Quo Vadis


      O que efectivamente não é tão divulgado é a forma como Nero lidou com os desalojados. De forma populista ou não, o Imperador terá mandado abrir o Campo de Marte - local onde as legiões estão- bem como os seus jardins privados por forma a alojar todos os desalojados. Por outro lado, terá organizado uma cadeia logística para abastecer o povo de comida, tendo descido o preço do trigo para um valor muito baixo, acessível a toda a gente.

      Quanto às suas ideias urbanísticas, Nero veio, realmente, a empreender um ambicioso projecto que acabou por beneficiar a população e, em vez de aumentar os impostos nas Províncias, o Estado contribuiu quer com dinheiro, quer com materiais para a reconstrução da capital. Por outro lado, verificou-se o desenvolvimento de uma mentalidade de prevenção: por decreto, as casas de vários andares passaram a ter, no máximo, cinco andares; passaram a ser construídas em pedra e tijolo com espaço entre si; em cada casa passa a ser obrigatório material contra incêncios como areia, mantas e água. Por outro lado, os carros que transportavam para Roma as provisões alimentares deveriam levar de retorno os escombros que seriam depositados nos pântanos de Óstia, acabando-se assim com os focos de malária.




      O que resulta deste acontecimento e fica para a posteridade é a fama de pirómano com que Nero fica rotulado, assim como a grande impulsão que fornece a uma insignificante seita religiosa que, mais tarde, vem alterar todo o rumo do Império.




      Quanto ao imperador, algumas fontes apontam que terá sido assinado por um dos seus escravos, com quem tinha uma relação, outros apontam o suicídio. No dia 6 de Junho de 68 dC Nero desaparece,  colocando um ponto final  na dinastia Julio-Claudiana.

Fontes:
http://www.canaldehistoria.pt/hoyenhistoria/202/O-incêndio-de-Roma
Astier et al, (2000), Memória do Mundo, Cículo de Leitores

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

25 de Dezembro

      Decorria o ano de 440 e o Papa dá a bênção a uma festa para os Cristãos: 25 de Dezembro é então definido como a data de nascimento de Jesus e a prática do Natal é oficializada. Contudo, ao contrário daquilo que a maioria das pessoas pensa, o Natal tem a sua origem há muitos séculos atrás, muito antes do nascimento de Jesus.

O dia 25 de Dezembro
      É consensual: o dia 25 de Dezembro era, em várias religiões ditas pagãs, o dia em que se comemorava o nascimento e se venerava o deus Sol. Por exemplo, na religião Persa, Mitra terá nascido a 25 de Dezembro. Numa altura em que a cristandade não era ainda uma larga maioria, os líderes religiosos tiveram a percepção de que proibir as festividades pagãs seria inútil: quanto mais proibitivo se tornasse, mais força ganharia, ou não fora assim mesmo que o Cristianismo ele próprio terá ganho expressão?

      Ao fazer desaparecer este dia 25 de Dezembro, onde em diversos pontos do Próximo e Médio Oriente, Norte de África eram celebrados impressionantes festivais em honra de diversos deuses, Roma corria o sério risco de deixar ali um vazio, provocando um profundo descontentamento na população. Deu-se então preferência à substituição do dia “pagão”, pelo dia “santo”.
      Curioso mesmo é que o Egipto e o Oriente festejavam a Natividade em Março, entre os dias 25 e 28.

A Saturnália
      Situando-se previsivelmente entre o dia 17 e o dia 1 de Janeiro, a Saturnália talvez fosse das festividades mais importantes para o povo romano. Algumas fontes revelam que há a possibilidade de que, durante esse período, não se trabalhava, sendo os dias dedicados à visita de amigos, confraternização e troca de presentes. Apesar das fontes não terem total certeza, consta que neste período de grandes afectos, os escravos teriam permissão para fazer o que mais gostassem, sendo nalguns casos servidos pelos próprios amos. A Saturnália era uma festa muito importante em honra de Saturno, pelo que durante a festividade, um indivíduo era coroado rei, interpretando o papel do deus Saturno. Nesta época, os cidadãos substituíam a sua toga pela simples túnica e até as campanhas militares eram formalmente suspensas.




O Solstício
      Também neste período do ano, marcado pelo solstício de Inverno a 21 de Dezembro, o povo romano era ainda mais devoto aos deuses, entregando toda a sua devoção e oferendas em troca de um Inverno brando, assim como do regresso do Sol na Primavera, por forma a terem um excelente ano de colheita. Qual a ligação com a Saturnália? Efectivamente, além de associado à força e justiça, o deus Saturno estava também interligado com a agricultura, daí a grande festividade neste período em sua honra.
Natalis Solis Invicti
      Já no que diz respeito ao dia 25 de Dezembro, contam algumas histórias da época que seria mais ou menos a partir deste dia que os pastores começavam a notar o crescimento dos dias, ou seja, o dia mais longo que a noite: apesar de frio, o sol começava agora a fazer-se sentir lentamente.  Até as ruas eram decoradas com ramos por forma a espantar os maus espíritos.
     De facto, no dia 25 celebrava-se já desde o Imperador Aureliano a Natalis Solis Invicti ("nascimento do sol invencível"), uma homenagem ao deus persa Mitra, também ele popular em Roma. As festividades pagãs do Natalis Solis Invicti envolviam a decoração de árvores com luzes (velas) e a troca de presentes.


      Juliano,  sobrinho do imperador Constantino, comentou a festa de 25 de Dezembro:
      "Antes do inicio do ano, no final do mês cujo nome é segundo Saturno (dezembro), celebramos em honra de Helios (o Sol), os jogos mais esplendidos e dedicamos o festival ao Invencível Sol... Que os deuses governantes me concedam louvar e sacrificar neste festival com sacrifícios! E sobre todos os outros, que Helios mesmo, o rei de todos, conceda-me isto".



      Já na altura de oficializar o Natal Cristão, a argumentação da Igreja na altura foi clara: “Jesus é o Sol da Justiça”.
      Tanto pagãos quanto cristãos, ficaram satisfeitos: quanto ao povo não - cristão, terão visto ali uma forma de integração na nova religião, sem que os seus cultos fossem modificados em grande escala; quanto aos cristãos, passaram a ter a bênção oficial da Igreja para festejar a Natividade, neste caso, naquele dia específico. Alguns afirmam que terá sido uma habilidosa forma de atrair pagãos para o cristianismo.
      Terá sido no ano 440 que se tornou oficial: Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro.


     Todavia, os cristãos do Oriente terão adaptado esta celebração para o dia 6 de Janeiro, curiosamente também com um pano de fundo pagão, visto ser a data da aparição de Osíris entre os egípcios e de Dionísio entre os gregos.

Setembro

      Efectivamente, do ponto de vista actual, pensa-se que não era possível Jesus ter nascido em Dezembro, senão veja-se: é narrado que os pastores também viram a estrela cadente, pois ainda estariam nos seus campos. Ora, no Próximo Oriente o frio em Dezembro é bastante acentuado, não sendo plausível a presença de pastores no campo numa noite invernal, nem tão pouco a longuíssima viagem dos reis.

       Contudo, e juntando a possível existência da estrela cadente (partes de meteoritos ao entrarem na atmosfera terrestre) à presença dos pastores nos campos, são vários os historiadores que apontam este nascimento para o final de Setembro, início de Outubro, onde a probabilidade do céu estar limpo é maior, logo, a visualização do possível fenómeno da estrela também. Obviamente, não existe qualquer certeza neste campo, sendo apenas possibilidades apontadas pelos especialistas bíblicos, arqueólogos e historiadores.


Algumas curiosidades
     - Devido à sua origem não - bíblica, no século XVII, o Natal foi proibido em Inglaterra e nalgumas colónias americanas. Os indivíduos que ficassem em casa e não fossem trabalhar no dia de Natal eram multados. Porém, os velhos costumes foram mais persistentes e voltaram.
     - Alguns historiados apontam as Saturnálias como a festa que mais tarde veio a originar o Carnaval.
     -Qual o motivo da decoração da árvore de Natal com bolas e outros adornos? Tudo aponta, uma vez mais, para a integração na religião cristã de cultos há muito enraizados nos povos: colocar adornos nas árvores natalícias remonta aos tempos em que os povos colocavam frutas, em especial maçãs, nas árvores, no Inverno, como forma de pedir aos deuses abundância e fertilidade nas colheitas do ano vindouro.  

      - Segundo Acir, na Bíblia apenas são mencionadas duas festas natalícias: uma quando o faraó comemora o seu aniversário e a segunda quando Herodes oferece, num banquete, a cabeça de João Baptista a Salomé. Quanto ao faraó, também este festejo terá tido associada uma morte: a do seu padeiro. Um historiador comentou: "A noção de uma festa de aniversário era desconhecida aos cristãos da igreja primitiva."
      -A Nova Enciclopédia Católica reconhece: "A data do nascimento de Cristo não é conhecida. Os evangelhos não indicam nem o dia nem o mês." A revista católica americana U.S. Catholic diz: "É impossível separar o Natal de suas origens pagãs."

  -As antigas comemorações de Natal costumavam cerca de 12 dias, o tempo que os três reis Magos levaram até chegarem a Belém. Actualmente, é costume montar as árvores de Natal e outras decorações no começo de Dezembro e desmontá-las cerca de 12 dias após o Natal.


Não existe consenso acerca da data do nascimento de Jesus. O que é facto é que, há muitos séculos, o Natal é símbolo de União, Fraternidade, Paz e Alegria. 

Desejo a todos um Feliz Natal! ;)



Fontes: